"Barbie sempre representou o fato de que uma mulher sempre tem opções."
Ruth Handler, criadora da Barbie, que morreu no sábado.

[chorumelas: Ando exausta. Tanto, que não consigo mais dormir. É foda isso, não? Além de tudo, passei o dia com o nariz entupido e a voz fanhosa. Do além.]

Eu realmente fico incomodada com o uso indiscrimidado da 1ª pessoa do plural nos textos desse povo que se intitula literatura pop. Ai, que coisa horrível aquele monte de verbo flexionado no "nós"! Isso parece falta de leitura. É o cacoete literário, quase comparável ao "vamos estar encaminhando" do telemarketing, guardadas as devidas proporções. Faltou um editorzinho, né não? Mas o livrinho tem uma coisa de bom: lembrou as noites de balada na Raul Deveza :)

Oba! Um elogio pro meu novo visual (tá no comment do post abaixo, hehe). Apesar de eu amar aquele disco e aquela capa, não tinha ficado satisfeita com o anterior. Agora estou me sentindo um pouco traidora, porque o projeto de colocar só capas de discos (originalmente de singles, com imagens de mulher) foi totalmente para a cucuia... Mas essa nova escolha tem um motivo: expansão. The time is now.

Pra diminuir um pouco a culpa, acabo de inaugurar uma pequena galeria com as imagens anteriores que já enfeitaram esta página. São, respectivamente, Bjork, Air e Ciccone Youth.

PS: eu aceito sugestões de novos singles com mulheres na capa. Se alguém se apiedar, pode mandar pro meu email que fica ali do lado, embaixo dos links.

Na noite passada, aconteceu-me o improvável :)

Putz, eu deixaria o sexo de lado, e não chegaria a decepar, mas bem que adoraria esganar certos pescoços hoje :-)

Como dizem os Flaming Lips:
"But in your dreams,
show no mercy!"

SEXO COM PESCOÇOS DECEPADOS

Ela com certeza jamais tinha visto um pescoço sem cabeça, muito menos tocado em um. Mas eu podia ter lhe contado como era, usando uma analogia que ela entenderia prontamente: é um pouco como uma cavala, parece mesmo esse peixe, com toda a carne, os tendões e mais os músculos, tudo isso atafulhado, comprimido dentro da pele. Rodear aquele pescoço com a mão era igual a pegar na pele prateada de um peixe e sentir a rigidez compacta do corpo dele. Por isso tive que me colocar bem por cima dele: precisava de todo o meu peso para penetrar no toco que ainda vazava. E a cabeça do mendigo, ela também cabia na analogia: enquanto eu me ajeitava em volta e em cima dele, enquanto marretava – para dentro, para fora – na sua garganta rasgada, cheia de cartilagens, eu olhava fixamente para a cara dele, o nariz enfiado na calha de borracha que corria ao longo do chão do vagão e contemplava sua personalidade – sua alma, sua identidade? Chame cojo quiser. Vi-a recuar, ir embora. Era a fisionomia afilada de uma cavala recém-pescada, mas já a embaciar-se perdendo o brilho e esmaecendo até tornar-se iscas de peixe à milanesa em potencial, cada vez mais longe de ser uma forma de vida.
Will Self, Minha Idéia de Diversão

Por que o cara que mais enrola no trabalho não tem o menor pudor de falar alto e horas no telefone com toooodos os seus amigos sobre os assuntos mais imbecis do mundo e eu preciso ouvir?

Por que são os pedacinhos de pimentão (e não de tomate) do vinagrete é que grudam no queijo derretido do sanduíche?

Fiquei tão feliz que a Renata me achou aqui no bloguinho! Que saudades dela, do Tony e da diversão total que foram as últimas férias que passei por lá!

Bom, o zeitgeist já falou mal de tudo o que merecia no Skol Beats. Eu só quero dizer uma coisa:


Que maravilha aquele Andy Cato!!!

Última coisa:
Siouxsie & The Banshees de volta! Meu Deus! Estamos de fato retrocedendo no tempo! Não dizem que a história se repete como farsa? O pop também!!!!!!!!!

Hoje ouvi uma música do Bill Laswell numa coletânea de dub. O cara que me emprestou disse o seguinte: "Fritação"
O pior de tudo é que eu achei bom demais :-)

Aliás, a trilha sonora do dia foi bem incomum, com Karsh Kale e Casino!

Detesto ficar até mais tarde no trabalho pq as máquinas resolvem tirar folga.

"You see the signs, but you can't read
You're runnin' at a different speed
You heart beats in double time
Another kiss and you'll be mine, a one track mind

You can't be saved
Oblivion is all you crave
If there's some left for you
You don't mind if you do

Whoa, you like to think that you're immune to the stuff, oh yeah
It's closer to the truth to say you can't get enough, you know you're
Gonna have to face it, you're addicted to love"


Ciccone Youth, minha decoração nova!

The Lads from Lagos


I have therefore, been delegated as a matter of trust
by my colleagues in the Panel to look for an Overseas partner into whose
account we would transfer the sum of US$26,400,000.00 (Twenty Six Million,
Four Hundred Thousand US. Dollars). Adequate logistics and strategies
had been worked out to ensure a successful transfer with your maximum
co-operation. Hence we are writing you this letter.

We have agreed to share the money thus:
1. 25% for the account owner (you)
2. 65% for us (the officials)
3. 10% to be used in settling taxation and all local and foreign
expenses.

Eu estou profundamente indignada com o Seguro Apagão. Aqui vai a lista dos deputados por SP que votaram a favor dessa vergonha que vai encarecer sua conta de luz por vários anos. Estamos pagando às empresas de energia elétrica por sua própria incompetência. É o fim! Não vote neles!


Alberto Goldman PSDB
Aloysio Nunes Ferreira PSDB
André Benassi PSDB
Antonio Kandir PSDB
Arnaldo Madeira PSDB
Chico Sardelli PFL
Delfim Netto PPB
Duilio Pisaneschi PTB
Gilberto Kassab PFL
José Aníbal PSDB
Julio Semeghini PSDB
Marcos Cintra PFL
Mendes Thame PSDB
Michel Temer PMDB
Milton Monti PMDB
Moreira Ferreira PFL
Nelson Marquezelli PTB
Paulo Kobayashi PSDB
Ricardo Izar PTB
Robson Tuma PFL
Salvador Zimbaldi PSDB
Sampaio Dória PSDB
Vadão Gomes PPB
Wagner Rossi PMDB
Wagner Salustiano PPB
Xico Graziano PSDB
Zé Índio PMDB
Zulaiê Cobra PSDB

Zeit,

O pior de tudo é a Repercurssão (sic) do editor de informática da editora-executiva!

Então vou contar a história de Santa Rita de Cássia.

Santa Rita nasceu em Rocca Porena, que fica na região de Cássia. O nome dela era Margherita, de onde vem o diminutivo Rita. Ela casou, teve dois filhos. Suportou durante 18 anos um marido brutal e infiel. Quando ele foi assassinado e seus dois filhos juraram vingar-se dos matadores, pediu a Deus que tirasse a vida dos filhos antes que eles cometessem o mortal pecado da vingança, e foi atendida. No convento, onde não queriam aceitá-la, um espinho "vôou" da coroa de cristo e cravou-se na sua testa. A ferida ficou ali por 15 anos, "purulenta e fétida".

Acho que o problema todo começou por causa de minha madrinha. Sabe, eu sempre ODIEI minha madrinha. Desde bem pequena. Quando minha mãe falava que ela iria me visitar no dia seguinte, eu não conseguia dormir à noite de desespero. Até hoje não sei bem porque. Não lembro de nenhum fato marcante que justifique o sentimento horripilante que aquela mulher provocava em mim. Tanto que eu apaguei completamente da memória o nome dela. O padrinho eu lembro, Euclides. Mas dela, só restou a imagem na foto do batismo, o cabelo B-52 gigantesco, dando voltinhas, quando ela me segurava para que o padre me untasse daqueles óleos e águas santos. Não tive madrinha, por assim dizer. Nem vó tampouco. Também sempre detestei minha vó. Mas com essa eu convivia. A vó da mãe. A vó do pai eu até gostava, mas me sentia distante. Voltando à madrinha: ainda na infância, não sei bem quando, as visitas acabaram, para minha felicidade. Desde então, nunca mais tive notícia. Acho que ela sentia que eu a detestava e, para o bem de nós duas, resolveu nunca mais aparecer. Minha mãe sempre soube. Talvez a culpa disso tudo seja da minha mãe, porque afinal, foi meu pai quem escolheu meus padrinhos. O tal Euclides era amigo dele. E o resultado disso tudo é que minha mãe me tentou reparar o erro me "entregando" (seja lá o que isso quer dizer) para Santa Rita de Cássia. Uma santa com um espinho na testa.

Nick Hornby é foda. Acabei de ler Como Ser Legal. Literatura confessional de novo, mas menos adultescente. Sintomático que ele tenha escolhido pela primeira vez uma mulher protagonista. Porque o marido, David, "o homem mais irritado de Holloway", é um típico personagem de Hornby. Mas agora é a voz dela, que tem de conviver com ele. Mas o que eu queria dizer mesmo é que o livro é agradavelmente devorável. Não tem a verve, a força, o vocabulário amplo, as enxurrada de imagens, metáforas e figuras do Will Self. Mas o texto é claro, a prosa, boa, como uma excelente canção pop. And I like it. :)

Eu acredito que Matt Groening sabe muito bem que os macacos não atacam ninguém nas ruas do Rio; que é impossível sequestrar alguém em copacabana e levar para o cativeiro na amazônia; que o desfile de escola de samba não é parada de Memorial Day; que ninguém sai do avião e entra num trenzinho dançando chá-chá-chá para chegar ao hotel. Isso porque ele sabe muito sobre o Brasil, ou pelo menos o suficiente para fazer Telleboobies, a MELHOR paródia das louras-burras em programas infantis; fazer Ronaldo, o menino de rua, ficar rico virando astro de TV; fazer Hommer ficar amigo dos sequestradores antes de voltar para a família. Tudo perfeitamente realista.

OBRIGADA SANTO EXPEDITO PELA GRAÇA ALCANÇADA!!!

(finalmente diminuiram o ar condicionado)

É sério. Isso está IN-SU-POR-TÁ-VEL!!!

AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Amanhã eu vou trazer um termômetro pro trabalho. Pra provar que isso não é uma condição de trabalho aceitável! Quero no mínimo adicional de insalubridade. Se eu pudesse eu quebrava AGORA essa m**** desse ar condicionado!

grumpf, grumpf, grumpf

Assisti Gosford Park, e gostei muito. A primeira impressão é que o grande número de personagens é um ponto fraco do filme, o torna confuso. Vc passa o primeiro terço inteiro praticamente tentando entender quem é quem. Mas isso funciona como uma espécie de truque do diretor, e acaba se transformando na expressão da questão principal do filme. Acho que há uma tendência natural do espectador em concentrar a atenção na aristocracia, julgando de cara que os protagonistas estão lá. E Robert Altman embaralha propositadamente os personagens da sala de jantar com suas extensões: os criados. O melhor exemplo é Lorde Stockbridge, praticamente supérfluo para a trama, apesar de ter seu nome citado n vezes. O pulo do gato está no fato de os pajens e aias receberem, na casa, o mesmo nome de seus patrões. Assim, Altman joga com a percepção do público: decadência aristocrática, sociedade de classes, dramas pessoais, hipocrisia, dinheiro, representação, farsa. A imagem escada acima e sombras confinadas nos porões.

MEDA!


"... sofria repetidos ataques epiléticos enquanto jogava Everquest. Deu um tiro na própria cabeça enquanto jogava"

" ... passava mais de oito horas por dia jogando e, durante um ataque epilético provocado pela exposição excessiva à tela, bateu a cabeça numa mesa e morreu."

"... certa vez, depois de ficar 36 horas seguidas na frente do game, começou a correr pela vizinhança tendo alucinações, como se os personagens tivessem saído do jogo e tivessem começado a persegui-lo."

Como pode a idiotia ser premiada com 500 mil reais?
Será que é a identificação coletiva?
Ou a idiota de verdade nessa história sou eu?