:: bolha de sabão ::

... rascunho, bloco de notas, palavras para as paredes

27.6.03

Goodbye Swingtime - tb ouvi e gostei
:-)


Lost in Good Books - Characters in search of an exit - do NYT

26.6.03

"A arte é roubo, a arte é assalto à mão armada, a arte não é agradar a sua mamãe"
[Sylvia Plath]

25.6.03

patricia is made fuck by the plumber

IN THE MIDDLE OF NOWHERE
Li lá no Divã do Demo que, se as mulheres voassem como nos quadros de Chagall, cagariam nas nossas cabeças.
Escatológico, esse diabo.

Só uma frase da matéria do NYT, muito emblemática:
"The overall effect is of spending an afternoon with a once sardonic best friend overdosing on mood enhancers."

GIRLS, GIRLS, GIRLS

Tristeza, muita tristeza. Liz Phair rendeu-se ao estilinho Avril no disco novo. Tudo bem que ela não tinha feito mesmo nada de excepcional depois do Exile in Guyville - que está entre os meus top favoritos de minas de todos os tempos. Mas é terrível encarnar em atitude e figurino a adolescente revoltadinha aos 36... Depois dessa matéria no NYT, fui tentar ouvir o disco. E o pior é que é tudo verdade.
Outro diA a Mari citou um dos livros de mulherzinha no qual a narradora em questão dizia que, depois dos 30, você continua a escrever as mesmas bobagens sobre o mundo pop, mas agora com status e cara de ensaio histórico-social. Uma pretensão à seriedade que fica tão caricata quanto a adultescência. O buraco se alarga tanto que é preciso escolher entre as bordas extremas e equidistantes pra não cair na escuridão. Ou então, é preciso aprender a flutuar, lânguida e soberana. Mas pra não cair, há muitos cabos de segurança transparentes firmemente costurados ao sutiã. De novo, a aranha. É foda, falar da Liz Phair sempre me leva de volta pros "mulherismos". Ontem na novela das 8, a mãe do Erik Marmo ficou falando mal da Gracinha. Disse que temia a sonsa pq ela enredaria o pobre-menino-rico com uma gravidez. Afinal, segundo ela, "somos nós (as mulheres) que comandamos esse território" (o do envolvimento conjugal-afetivo). Ai, que medo! E que injustiça! Tudo bem, é novela das 8, mas que tem eco na realpolitik, a isso tem. Pq não há maior loser do que a mulher infeliz no amor. Vide a lotação das igrejas de Santo Antônio no último dia 13. As pessoas vão ficando mais velhas e precisam se apegar.


Bem mais divertida é a música da P!nk pra trilha das Panteras. Acho que a P!nk faz um dos X-tudos mais palatáveis desse fast-food. Guitarrinhas um-dia-fui-fã-de-hard-rock-farofa, produção eletrônica, pose malvada r&b e muitos centímetros de pele à mostra - e ela nem tem cintura!

23.6.03

Minha vida anda mesmo trash pra cacete. Tive de escrever um texto sobre Bruno & Marrone. Senhor, piedade!

Eu preciso me livrar da minha televisão. É sério. Ela tá fazendo um mal danado pro meu tempo e pro meu cérebro. E olha que nem TV a cabo eu tenho. Se eu tivesse, seria the couch potato itself. Mas não escapo do horror que é a programação da TV aberta. Começa na hora do almoço. Ligo a TV pq comer sozinha é ruim pra caralho, aí assisto a bosta do Videoshow, zapeando pelos horrorosos programas de fofocas. Depois, no meio da tarde, aquele intervalo prum lanchinho e lá vou eu ver Sessão da Tarde, reprise da The Nanny no 21, alguma coisa bem besta na MTV. Mas o pior mesmo, indesculpável, é que eu voltei a assistir telenovela com toda força. Além de Mulheres Apaixonadas eu também assisto Kubanakan. Meda, meda, meda! Jesus, Maria, José! Será que algum telepastor exorciza esse encosto que se apoderou de mim?

9.6.03



É difícil explicar a beleza de Bloco do Eu Sozinho e Ventura. Os dois discos têm algumas músicas medianas, não trazem grandes inovações. Mas certas canções saltam como as imagens de uma lanterna mágica, aquele brinquedo que gira e projeta sombras e cores, encantamento delicado e desilusão singela inundando a parede branca. Pra mim, isso acontece principalmente em "Assim Será" e "Adeus Você", do Bloco, e "Além Do Que Se Vê" e "Do Lado de Dentro", essa última minha preferida de Ventura. O timbre da guitarra, a bateria nervosa, a entrada dos metais, a música de carrossel, a ambiance do teclado e melodia do vocal como contraponto, tudo parece estar no lugar, girando, girando e levando junto quem tá no meio, suspenso no ar e quase sem respiração.

5.6.03

só Daniela salva.

eu quero meus posts de volta!

BASTARDS!

help!

4.6.03



Tinha a vontade fraca. Não era anemia, nem verminose. Faltava-lhe vocação para o fazer. Murcho. A cabeça também não ajudava muito. Servia só para negar. Mas de que serve o não? Por que no fundo tudo se resume a realizar. E era o que não podia. O outro lado da moeda é a distância. Supunha que não existe algo como unir-se. Talvez tocar, de leve, quase como o vento. Um fio de cabelo fino e quebradiço que enlaça as pontas de dois dedos. Gostar é mais quimera ainda. Sabores se misturam e depois evanescem, rápido, rápido. Coisas do corpo, que atropelam a si mesmas, que se enfileiram na mecanicidade do hábito. Um corpo é um copo, cheio de uma substância que reage ao ambiente e pronto. Um caldo biológico. Triste. Mas a vida não. "So keep your high hopes". Regurgitando ar.



My Favourite Things

Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woollen mittens
Brown paper packages tied up with string,
These are a few of my favorite things.

Cream coloured ponies and crisp apple strudel,
Door bells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings,
These are a few of my favorite things.

Girls in white dresses and blue satin sashes,
Snow-flakes that stay on my nose and eye-lashes,
Silver white win-ters that melt into spring,
These are a few of my favorite things,

When the dog bites,
When the bee stings,
When I'm feeling sad,
I simply remember my favorite things,
And then I don't feel, so bad.

2.6.03

Hide behind your smile
All the world loves a clown