A virtude está no meio
O efeito da história da literatura na cabeça dos escritores (versão ampliada e revisada) | por Mari E. Messias | Fraude
... rascunho, bloco de notas, palavras para as paredes
A virtude está no meio
De volta à vida com computador. E agora um bem bonito, com monitor grande, conexão decente. Semana cheia de boas coisas: aula do Pasta, que está sendo devidamente anotada, e a descoberta da matriz do Basto-me. Acho que não tenho mais escapatória: vai ser literatura sim, de preferência brasileira, a minha tentativa de mestrado. E a entrevista da Ivana Arruda Leite. Mulher interssantíssima e talentosa. Escreve contos sobre mulheres, todas fodidas no amor (bem do jeito que eu gosto - na literatura, não na vida). Suas metáforas culinárias estão entre as minhas preferidas. A Receita para Comer o Homem Amado e O Pato e A Pata são duas delas. Ivana não choraminga, superou as chorumelas e a autocomiseração - passo definitivo para a boa criação. Ela está na revista PS:SP, onde publicou um conto
Não resisti.
Vai ler já a A Máquina do Mundo.
Ex pres são. Como uma válvula de panela apitando ao fundo, aquela que eu ouvia 5 da tarde, com luz cor de laranja, encolhida no quintal, escondida no vão da máquina de costura. Você já comeu azedinhas? Uns trevinhos praga de jardim que eu achava mais gostoso que biscoito. Roubava escondida. Caldo de feijão no pão antes do jantar. E a cor do céu. No fundo, pairando sempre desolada, a mãe.